sábado, 23 de fevereiro de 2008

Fotografias que fizeram história

Caros amigos,
Ando devendo novos posts pra vocês, mas tenho andando bem ocupado por esses dias. Prometo a todos que estarei escrevendo com mais frequência daqui pra frente. Esse post é bem interessante e reflexivo. Algumas dessas fotos que mostrarei abaixo tiveram um papel importante para história. Cada uma dessas imagens reflete momentos de alegrias, tristezas, medos, coragens, triunfos, decepções, atrocidades e esperança.

Mostrarei a seguir o que cada foto significou e ainda significa para história e para o julgamento da humanidade. Se vocês querem uma trilha-sonora para ler este texto, escutem "Rain Song", do Led Zeppilin. Boa Viagem!!!!

A imagem de Che

A famosa foto de Che Guevara, conhecida formalmente como "Guerrilheiro Heróico", onde aparece seu rosto com a boina negra olhando ao longe, foi tirada por Alberto Korda em cinco de março de 1960 quando Guevara tinha 31 anos num enterro de vítimas de uma explosão. Somente foi publicada sete anos depois.

O Instituto de Arte de Maryland - EUA denominou-a "A mais famosa fotografia e maior ícone gráfico do mundo do século XX". É, sem sombra de dúvidas, a imagem mais reproduzida de toda a história expressa um símbolo universal de rebeldia, em todas suas interpretações, (segue sendo um ícone para a juventude não filiada às tendências políticas principais).




A agonia de Omayra

Omayra Sanchez foi uma menina vítima do vulcão Nevado do Ruiz durante a erupção que arrasou o povoado de Armero, Colômbia em 1985. Omayra ficou três dias jogada sobre o lodo, água e restos de sua própria casa e presa aos corpos dos próprios pais. Quando os paramédicos de parcos recursos tentaram ajudá-la, comprovaram que era impossível, já que para tirá-la precisavam amputar-lhe as pernas, e a falta de um especialista para tal cirurgia resultaria na morte da menina. Omayra mostrou-se forte até o último momento de sua vida, segundo os paramédicos e jornalistas que a rodeavam.

Durante os três dias, manteve-se pensando somente em voltar ao colégio e a seus exames e a convivência com seus amigos. O fotógrafo Frank Fournier, fez uma foto de Omayra que deu a volta ao mundo e originou uma controvérsia a respeito da indiferença do Governo Colombiano com respeito às vítimas de catástrofes. A fotografia foi publicada meses após o falecimento da garota. Muitos vêem nesta imagem de 1985 o começo do que hoje chamamos Globalização, pois sua agonia foi vivenciada em tempo real pelas câmaras de televisão de todo o mundo.




A menina do Vietnã

Em oito de junho de 1972, um avião norte-americano bombardeou a população de Trang Bang com napalm. Ali se encontrava Kim Phuc e sua família. Com sua roupa em chamas, a menina de nove anos corria em meio ao povo desesperado e no momento, que suas roupas tinham sido consumidas, o fotógrafo Nic Ut registou a famosa imagem. Depois, Nic levou-a para um hospital onde ela permaneceu por durante 14 meses sendo submetida a 17operações de enxerto de pele.

Qualquer um que vê essa fotografia, mesmo que menos sensível, poderá ver a profundidade do sofrimento, a desesperança, a dor humana na guerra, especialmente para as crianças. Hoje em dia Pham Thi Kim Phuc está casada, com dois filhos e reside no Canadá onde preside a "Fundação Kim Phuc", dedicada a ajudar as crianças vítimas da guerra e é embaixadora da UNESCO.




Execução em Saigon

"O coronel assassinou o preso; mas e eu... assassinei o coronel com minha câmara? - Palavras de Eddie Adams, fotógrafo de guerra, autor desta foto que mostra o assassinato, em um de fevereiro de 1968, por parte do chefe de polícia de Saigon, a sangue frio, de um guerrilheiro doVietcong.

Adams, correspondente em 13 guerras, obteve por esta fotografia um prêmio Pulitzer; mas ficou tão emocionalmente tocado com ela que se converteu em fotógrafo paisagístico.





A menina Afegã

Sharbat Gula foi fotografada quando tinha 12 anos pelo fotógrafo Steve McCurry, em junho de 1984. Foi no acampamento de refugiados Nasir Bagh do Paquistão durante a guerra contra a invasão soviética. Sua foto foi publicada na capa da National Geographic em junho de 1985 e, devido a seu expressivo rosto de olhos verdes, a capa converteu-se numa das mais famosas da revista e do mundo.

No entanto, naquele tempo ninguém sabia o nome da garota. O mesmo homem que a fotografou realizou uma busca à jovem que durou exatos 17 anos. Em janeiro de 2002, encontrou a menina, já uma mulher de 30 anos e pôde saber seu nome. Sharbat Gula vive numa aldeia remota do Afeganistão, é uma mulher tradicional pastún, casada e mãe de três filhos. Ela regressou ao Afeganistão em 1992.





O beijo do Hotel de Ville

Esta bela foto, que data de 1950, é considerada como amais vendida da história. Isto devido à intrigante história com a que foi descrita durante muitos anos: segundo contava-se, esta foto foi tirada fortuitamente por Robert Doisneau enquanto encontrava-se sentado tomando um café. O fotógrafo acionava regularmente sua câmara entre as pessoas que passavam e captou esta imagem de amantes beijando-se com
paixão enquanto caminhavam no meio da multidão.

Esta foi a história que se conheceu durante muitos anos até 1992, quando dois impostores se fizessem passar pelo casal protagonista desta foto. No entanto o Sr. Doisneau indignado pela falsa declaração, revelaria a história original declarando assim aquela lenda: a fotografia não tinha sido tirada a esmo, senão que se tratava de dois transeuntes que pediu que posassem para sua lente, lhes enviando uma.
cópia da foto como agradecimento. 55 anos depois Françoise Bornet (a mulher do beijo) reclamou os direitos de imagem das cópias desta foto e recebeu 200 mil dólares.





O beijo da Time Square

O Beijo de despedida a Guerra foi feita por Victor Jorgensen na Times Square em 14 de Agosto de 1945, onde um soldado da marinha norte-americana beija apaixonadamente uma enfermeira. O que é fora do comum para aquela época é que os dois personagens não eram um casal, eram perfeitos estranhos que haviam acabado de encontrar-se.
A fotografia, grande ícone, é considerada uma analogia da excitação e paixão que significa regressar a casa depois de passar uma longa temporada fora, como também a alegria experimentada ao término de uma guerra.





O homem do tanque de Tiananmen

Também conhecido como o "Rebelde Desconhecido", esta foi a alcunha que foi atribuído a um jovem anônimo que se tornou internacionalmente famoso ao ser gravado e fotografado em pé em frente a uma linha de vários tanques durante a revolta da Praça de Tiananmen de 1989 na República Popular Chinesa.

A foto foi tirada por Jeff Widener, e na mesma noite foi capa de centenas de jornais, noticiários e revistas de todo mundo. O jovem estudante (certamente morto horas depois) interpôs-se a duas linhas de tanques que tentavam avançar. No ocidente as imagens do rebelde foram apresentadas como um símbolo do movimento democrático Chinês: um jovem arriscando a vida para opor-se a um esquadrão militar.

Na China, a imagem foi usada pelo governo como símbolo do cuidado dos soldados do Exército Popular de Libertação para proteger o povo chinês: apesar das ordens de avançar, o condutor do tanque recusou fazê-lo se isso implicava causar algum dano a um cidadão (hã hã).





Protesto silencioso

Thich Quang Duc, nascido em 1897, foi um monge budista vietnamita que se sacrificou até a morte numa rua movimentada de Saigon em 11 de junho de 1963. Seu ato foi repetido por outros monges. Enquanto seu corpo ardia sob as chamas, o monge manteve-se
completamente imóvel. Não gritou, nem sequer fez um pequeno ruído... Thich Quang Duc protestava contra a maneira que a sociedade oprimia a religião Budista em seu país. Após sua morte, seu corpo foi cremado conforme à tradição budista. Durante a cremação seu coração manteve-se intacto, pelo que foi considerado como quase santo e seu
coração foi transladado aos cuidados do Banco de Reserva do Vietnã como relíquia.





Espreitando a morte

Em 1994, o fotógrafo Sudanês Kevin Carter ganhou o prêmio Pulitzer de foto jornalismo com uma fotografia tomada na região de Ayod (uma pequena aldeia em Suam), que percorreu o mundo inteiro. A figura esquelética de uma pequena menina, totalmente
desnutrida, recostando-se sobre a terra, esgotada pela fome, e a ponto de morrer, enquanto num segundo plano, a figura negra expectante de um abutre se encontra espreitando e esperando o momento preciso da morte da garota. Quatro meses depois, abrumado pela culpa e conduzido por uma forte dependência às drogas, Kevin Carter suicidou-se.






The Falling Man

The Falling Man é o título de uma fotografia tirada por Richard Drew durante os atentados do 11 de setembro de 2001 contra as torres gêmeas do WTC. Na imagem pode-se ver um homem atirando-se de uma das torres.

A publicação do documento pouco depois dos atentados irritou a certos setores da opinião pública norte-americana. Ato seguido, a maioria dos meios de comunicação se auto-censurou, preferindo mostrar unicamente fotografias de atos de heroísmo e sacrifício. Ah sim... Mas eles passaram exaustivamente na TV a morte de Saddam...





Triunfo dos Aliados

Esta fotografia do triunfo dos aliados na segunda guerra, onde um soldado Russo agita a bandeira soviética no alto de um prédio, demorou a ser publicada, pois as autoridades Russas quiseram modificá-la. A bandeira era na verdade uma toalha de mesa vermelha e o soldado aparecia com dois relógios no pulso, possivelmente produto de saque. Sendo assim foi modificada para que não ficase feio para os soviéticos.





Protegendo a cria

Uma mãe cruza o rio com os filhos durante a guerra do Vietnã em 1965 fugindo da chuva de bombas americanas.





Necessidade

Soldados e aldeãos cavam sepulturas para as vítimas de um grande terremoto acontecido em 2002 no Irã enquanto um menino segura as calças do pai antes dele ser enterrado.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Momento Rubens Ewald Filho rs



Durante o carnaval eu fui assistir ao filme mais cultuado e comentado do momento "Onde os fracos não tem vez" (No Country For Old Men). Mas minhas impressões sobre esse filme foram um tanto que frustrantes. Primeiro foi o sentimento de ver um festival de Dejá Vu, a começar com os tramas que rolavam durante o filme que parecia ser uma versão Faroeste de Pulp Fiction e a enésima vez que Tommy Lee Jones faz o papel do policial com senso de justiça, mas com algumas crises existenciais.

Mas o pior de tudo foi o final do filme, pois fiquei esperando até o final dos créditos pra saber se haveria algum desfecho para a história, só que saí do cinema com a sensação de "Eh????". "Acabou?". "That's it?". "Hã? Como assim?"

Pois penso que se um filme não termina com um desfecho, então é melhor continuar com a greve dos roteiristas em Hollywood... Alias, eu tenho uma teoria!!! rs Acho os roteiristas deste filme (os Irmãos Cohen) estavam super empolgados na criação da história. Mas quando começou a greve dos roteiristas, os produtores pegaram uma obra incompleta e para não perder dinheiro, eles resolveram fazer o filme com o que tinha. hahahaha

Mas devo ser sincero com vocês. Nunca fui fã dos filmes dos Irmãos Cohen, a começar por Fargo que todos elogiavam, mas pra mim era um filme completamente non-sense. Só que um filme que adorei deles, mas que alguns o detestaram foi "O homem que não estava lá". Era um suspense no estilo Hitchock e com um final surpreendente (ainda não me conformo como eles conseguiram não fazer um desfecho decente para "Onde os fracos não tem vez"), mas principalmente foi ter ouvido falar e ter visto pela primeira vez de Scarllet Johansson (foi paixão a primeira vista. rs) Talvez eu seja do contra sobre a opinião em relação aos filme dos Cohen.

Só que nem tudo são pedras para o filme. Devo concordar com todo mundo que a atuação de Javier Barden é assustadora (no bom sentido), pois devo admitir que nunca senti tanta simpatia por um assassino, pois ele passou uma verdade um tanto que cruel, mas ao mesmo tempo, havia uma honestidade sobre os seus atos que parecia que aquilo tudo que ele fez durante o filme era tudo muito natural, como é infelizmente a nossa sociedade.

Mas agora não me venham dizer que este é o maior papel de Javier Barden na carreira, pois pra quem nunca ouviu falar ou teve preguiça de conhece-lo, basta ver suas atuações em Mar Adentro ou Carne trémula. Ele é um excelente ator, mas Hollywood só o descobriu depois de muito tempo. Talvez a globalização esteja chegando em terras hollywoodianas e a Academia começa a reconhecer que cinema não é só em terras americanas...

Nos próximos posts, eu começarei a comentar sobre as chances de cada filme para os OSCAR's. Só basta eu ver os filmes no cinema ou terminar de baixar os outros que não chegarão à tempo da premiação.

Logomarca dos 100 anos de Imigração Japonesa no Brasil



Para comemorar o centenário da imigração japonesa no Brasil, a DPZ criou essa logomarca, e variação, que será usada em todos os eventos oficiais. João Faria, relações públicas da agência, diz que “o principal conceito usado para fazer o novo logo foi o de integração entre as nações”.

Este é um bom exemplo de uma logo simples, mas com ótimo formato.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Pequenos formatos



Cartão de visitas de um dos principais radialistas de Dubai, criado pela TBWA.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Tô me guardando pra quando o carnaval chegar...



Com este trecho da clássica música de Chico Buarque, volto a escrever com maior frequência depois de alguns acontecimentos extra-familiares. Mas no final das contas tudo acabou bem e voltamos a seguir com a nossa vida cotidiana.
Agora vamos ao que interessa: Domingo de Carnaval, dia de desfile das escolas de samba, bloco nas ruas, mulheres bonitas e manguaceiros pra todos os lados. Mas hoje também é dia SuperBowl, o maior evento esportivo do planeta. Deixa até uma Copa do Mundo e uma Olímpiadas no chinelo.
Nós já aguardamos os comerciais que serão exibidos (a veiculação publicitária mais cara do mundo, 2.7 milhões de dólares cada 30 segundos, este ano).
Um dos que já está confirmado é o filme “Bob’s House” da Pepsi. A estréia é também marcada por ser o primeiro comercial mudo da história do Super Bowl.No filme, dois jovens aparecem indo de carro à casa de seu amigo Bob para ver o jogo. Porém nunhum dos 2 sabe exatamente qual é a casa.O filme divulga o programa EnAble da PepsiCo, que emprega e visa criar um ambiente de trabalho inclusivo para deficientes. O Bob do filme é na verdade Clay Broussard, gerente de suprimentos e logística daPepsiCo. Ele mesmo criou o conceito da campanha, e após 18 meses resolveu propor a idéia para a diretoria da empresa. O mais legal é que os protagonistas também são funcionários da companhia, Brian Dowling e Darren Therriault, ambos surdos. Veja o comercial.



A direção é de Baker Smith, com apoio criativo da BBDO NY e planejamento da OMD.